Segundo o Asia One, a Austrália poderá começar a exportar carne de camelo já no próximo ano, caso um empresário egípcio consiga autorização para explorar um matadouro e uma fábrica de processamento de carne numa cidade rural do sul do país. As ambições de Magdy El Ashram não é apenas a de levar a carne de camelo (que ele diz ser mais saudável do que a de vaca) às mesas de todo o mundo, mas também a de reduzir a população de camelos selvagens na Austrália, responsáveis por graves problemas ecológicos e criar 300 postos de trabalho num local onde o desemprego é uma dura realidade.
“A carne de camelo é muito mais saudável do que a carne de vaca... é aquela que tem menos gordura”, sublinhou. “A carne de camelo é muito popular no Médio Oriente, Norte de África e na Europa e a Austrália tem capacidade para fornecê-la a todas as pessoas que gostem”, acrescentou.
Os camelos foram introduzidos na Austrália em 1840, vindos da Índia, para serem utilizados como meio de transporte. Actualmente, existem mais de um milhão de camelos selvagens no deserto australiano, sendo que a sua população duplica a cada nove anos. Nos últimos quatro anos, o Governo Federal australiano investiu mais de 13 milhões no controlo das populações de camelos selvagens, tendo, no ano passado, lançado um programa de abate. Todos os anos, estes animais são responsáveis por cerca de sete milhões de euros de prejuízos nos frágeis ecossistemas do interior do país.
Magdy El Ashram disse que, na última sexta-feira, entregou no município rural de Port Pirie um pedido de autorização para explorar aquele que poderá ser o maior matadouro da Asutrália, com capacidade para processar 100 mil animais por ano. Incluindo carne de burro e de cabra para o Médio Oriente, Norte de África e Ásia.
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