A morte de Knut, o urso mais famoso do mundo, este fim-de-semana, ter-se-á ficado a dever a uma doença cerebral, segundo adiantou em comunicado o Jardim Zoológico de Berlim, na Alemanha, onde ele vivia desde o seu nascimento, há quatro anos. O zoo vai erguer um memorial em sua honra, acrescenta o jornal alemão Der Spiegel.
“Os primeiros resultados da necrópsia apontam para significativas alterações a nível cerebral, o que poderá explicar a morte inesperada do urso Knut”, explicam os rsponsáveis pelo zoo. “Os patologistas não encontraram qualquer alteração noutros órgãos”. O Instituto Leibniz irá demorar mais alguns dias até dar por terminados os testes bacteriológicos e aos tecidos dos órgãos, acrescentaram, mas o Zoo de Berlim prometeu tornar públicos os resultados da necrópsia. Knut morreu no sábado depois do que aparentou ter sido uma crise epiléptica, segundo algumas testemunhas, como demos conta aqui ontem.
A AFP adianta que os serviços postais alemães estão a emitir selos em homenagem a Knut e as lembrança relacionadas com ele tornaram-se num autêntico negócio. Na altura em que ele atingiu a adolescência já tinha permitido o Zoo de Berlim angariada cinco milhões de euros. Na altura, o Jardim Zoológico de Neumuenter reinvindicou uma parte desses lucros, argumentando que tinha emprestado ao seu congénere do Berlim o pai de Knut, Lars.
O presidente da Federação alemã do Bem-Estar Animal, Wolfgang Apel, afirmou que o Zoo de Berlim estava demasiado ansioso para que Knut acasalasse. Mas partilhar o seu espaço com três fêmeas (incluindo a mãe, Tora) era “puro stress”, uma vez que os ursos polares estão habituados a viver isolados no seu estado selvagem.
O Zoo de Berlim irá erguer um monumento em homenagem a Knut, disse Thomas Ziolko, presidente dos Amigos do Zoo de Berlim. “Knut continuará a viver no coração de muitos visitantes, mas é importante construir um memorial para as gerações futuras para preservar a memória deste animal com uma personalidade única”, afirmou.
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